Foi apresentada, na manhã de quinta-feira (31/03), a Mandala de Cuidados à Saúde das Mulheres Trans e Travestis, no auditório da Secretaria da Saúde de Sobral (SMS). A mandala tem como objetivo formalizar um fluxo de ações integradas para facilitar e otimizar o acesso das mulheres trans e travestis aos serviços públicos de saúde.
A construção desses fluxos foi realizada de forma multisetorial, com a participação do Fórum Sobralense de Discussão sobre Diversidade Sexual e Gênero; Mães da Diversidade; Coletivo Trans Resistir para Existir; Associação Voos; Conselho Municipal dos Direitos Humanos; Coletivo de Mulheres Trans e Travestis de Sobral; Secretaria da Saúde e Secretaria dos Direitos Humanos e da Assistência Social (Sedhas).
A representante do Conselho Municipal dos Direitos Humanos, Camila Silva, destacou a importância desse momento e a necessidade de mais espaços para que a população trans seja ouvida pela sociedade e órgãos públicos. “Acredito que espaços abertos como o de hoje para que as pessoas possam conhecer um pouco de nós, de nossas vivências e experiências de vida, sejam de suma importância para que as pessoas possam tirar suas dúvidas e conhecer como de fato somos e como vivemos”, reforçou Camila Silva em sua fala.
A Mandala de Cuidados é uma conjunção de ações que deve estar centrada na pessoa, em seus grupos sociais e na sociedade em que se inserem. A premissa básica estabelecida é a de que estratégias de atenção à saúde devem observar, de forma concomitante, esses diferentes focos, considerando as especificidades dos sujeitos e de seus contextos.
Para isso, estão sendo promovidos e incentivados espaços de diálogos com a população trans para garantir o atendimento adequado, acolhedor e amigável, principalmente no sistema de saúde pública, conforme explica a gerente da Célula de Saúde da Mulher, Suelem Dias Monteiro. “Por meio da Mandala de Atenção à Saúde das Mulheres Trans e Travestis de Sobral, conseguimos identificar as necessidades de saúde específicas dessa população e planejarmos o modo ideal de atendimento, considerando sempre os princípios norteadores do SUS: universalidade, equidade e integralidade nos serviços e ações de saúde, com participação da comunidade para realização do planejamento conjunto”.
“Estar próximo a elas, mulheres transexuais e travestis, nos permite conhecer suas lutas e desafios, assim como participarmos diretamente na formação de soluções que atendam esses ideais, sempre pensando no coletivo e na articulação da Rede de Atenção à Saúde”, finalizou a gerente.