O projeto dos jardins filtrantes de Sobral foi apresentado, nesta quinta-feira (10/11), na 20° Semana do Meio Ambiente da Universidade Federal do Ceará. A diretora de Parques, Jardins e Unidades de Conservação da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMA), Úrsula Nóbrega, falou sobre os desafios e benefícios da experiência dos jardins, que estão localizados nos parques da Cidade e Pajeú.
“Esse é um projeto inovador para o município de Sobral, comprovando que o município de Sobral está conectado com as novas discussões que têm sido debatidas por especialistas, que têm apontado a natureza como solução para problemas postos pela humanidade”, disse Úrsula Nóbrega.
Os jardins filtrantes usam tecnologia sustentável baseada na natureza, que melhora a qualidade da água, utilizando plantas aquáticas, pedra e areia para o tratamento de esgoto, sem o uso de produtos químicos. Além de reduzir o mau cheiro e a proliferação de mosquitos, esses jardins fazem um lindo paisagismo que dura o ano inteiro.
O sistema dos jardins foi iniciado em 2018 com o objetivo de proporcionar o tratamento de águas servidas do Riacho Pajeú e Parque da Cidade, com tratamento com Sistemas de Alagados Construídos (SACs) e Sistemas de Alagados Naturais (SANs), com aplicação da biofitorremediação para despoluição dos corpos hídricos, garantida por meio de análises dos parâmetros que determinam a qualidade das águas dos parques, considerando os diversos sistemas de captação de água para abastecimento humano.
O projeto dos jardins filtrantes foi idealizado pela Prefeitura de Sobral, por meio da Secretaria do Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente (Seuma), e detalhado pelo escritório Hidrobotânica Ambiental. A execução foi feita pela Secretaria da Infraestrutura (Seinfra) e a operação dos jardins é feita pela Agência Municipal do Meio Ambiente ( AMA), que efetua de forma sistemática os serviços de limpeza, poda, plantio e manutenção, bem como a coleta das amostras de água, que são submetidas para avaliação laboratorial mensalmente.