A doceira Dona Rita de Cássia Cunha, de 83 anos, é contemplada no Edital Tesouros Vivos do Estado do Ceará. O prêmio tem o intuito de manter viva, na memória e no paladar do nosso povo, a receita e o sabor do fartes, considerado pelos estudiosos da culinária luso-brasileira o primeiro doce português a chegar no Brasil, sendo citado na carta de Pero Vaz de Caminha como um dos alimentos trazidos pelos colonizadores e ofertados aos nativos. Nascida em Sobral no ano de 1933, D. Rita é uma das poucas doceiras que mantém, no Ceará, a tradição do Fartes.
Com a diplomação, os inscritos no Livro de Registro dos “Tesouros Vivos da Cultura” se comprometem a transferir suas técnicas e conhecimentos a alunos ou aprendizes, através de programas educativos. Atualmente, o Ceará conta com 71 mestres e mestras da Cultura, 9 grupos e 1 (uma) coletividade contemplados com Edital dos Tesouros Vivos.