Sobral iniciou nesta segunda-feira (23/04), a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza. A meta do município é vacinar mais de 54 mil pessoas, que fazem parte do grupo considerado prioritário por serem mais suscetíveis ao agravo de doenças respiratórias: crianças de seis meses a cinco anos, pessoas com mais 60 anos, gestantes, mães que estejam no período pós parto (até 45 dias), doentes crônicos, trabalhadores de saúde, população indígena e professores.
Desde 2017, a meta é vacinar, pelo menos, 90% de cada um dos grupos prioritários para a vacinação. Deverão também se vacinar as pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.
A coordenadora da Vigilância em Saúde de Sobral, Francisca Leite Mendonça Escócio, informa que Sobral já recebeu 20% das doses que serão disponibilizadas para o município. “Nesse primeiro momento o Ministério da Saúde disponibilizou para o município mais de 10 mil vacinas, que correspondem a 20% da nossa meta”. Ainda segundo a coordenadora houve uma divisão na distribuição. “Todos os municípios estão recebendo a quantidade da vacina fracionada, esse ano serão divididas em seis etapas, por isso, precisamos informar à população que até o final da campanha iremos vacinar todas as pessoas dos grupos prioritários”, afirmou.
Esse ano o Dia D da campanha ocorrerá no próximo dia 12 de maio, quando haverá uma mobilização nacional. No dia, os 36 Centros de Saúde da Família estarão em funcionamento. A gerente da Atenção Primária, Suelem Monteiro falou sobre o objetivo de realizar o Dia D durante um sábado. “A mobilização no dia D ocorrerá no sábado em todos os Centros de Saúde da Família e tem como objetivo intensificar os trabalhos e imunizar o maior número de pessoas possível. Quem não puder comparecer ao dia D de vacinação, deverá procurar os CSF até o dia 1 de junho”, pontuou.
Alguns estudos demonstram que a vacinação contra a gripe sazonal pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em, aproximadamente, 50% nas doenças relacionadas a influenza. No Brasil, a partir da introdução da vacina para crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade, em gestantes e puérperas, observou-se redução no percentual de casos graves de influenza nesses grupos, em comparação com o ocorrido durante a pandemia de 2009. A ampliação da vacinação de crianças tem se mostrado uma das medidas mais eficientes para reduzir a carga da doença nos grupos vacinados e também na comunidade, tendo em vista que as crianças são as principais transmissoras do vírus.